A música pode sim ter fins medicinais, estimular a memória, aliviar dores e ajudar no exercício físico

A música pode sim ter fins medicinais, estimular a memória, aliviar dores e ajudar no exercício físico

É de conhecimento geral que a música tem o poder de nos proporcionar sentimentos positivos ou negativos. Ela é capaz de ativar partes específicas do nosso cérebro e nos acarretar muitas emoções e lembranças.

Ouvir música não é só um entretenimento e uma medida para acalmar e relaxar,  ela pode trazer diversos benefícios para a saúde, como alívio de dores, melhora da memória e até mesmo um estímulo para a prática de atividade física. Além disso, funciona como um "remédio" para vários problemas, como lembrou a pediatra Ana Escobar e a musicoterapeuta Marly Chagas.

Isso acontece porque a música ativa o centro de prazer do cérebro, assim como o sexo e o chocolate, por exemplo. Ela libera dopamina e causa uma sensação de bem-estar e, por isso, tem sido usada por médicos, terapeutas e preparados físicos como tratamento de diversos problemas, e tem trazido ótimos resultados.

(Foto Getty Images)

Por esse motivo, a Universidade de Drexel, nos Estados Unidos, realizou um estudo chamado "Music interventions for improving psychological and physical outcomes in cancer patients" (Intervenções musicais para melhorar os resultados físicos e psicológicos em pessoas com câncer).

Conforme os pesquisadores, o estudo vem dando resultados muito positivos, como a melhora do quadro clínico de pacientes e a diminuição no tempo de internação. A técnica utilizada é a chamada Musicoterapia, a qual vem se tornando muito popular na área da saúde atualmente.

Musicoterapia, é uma técnica que tem como ferramenta a música, desenvolvida para tratar pacientes fazendo a utilização de diversas formas de expressões e artes.

Os beneficios da Musicoterapia são: 

- Redução do nível de cortisol, hormônio responsável pelo estresse, aumentando a qualidade de vida das pessoas;

- Ajuda em transtornos neurológicos, pois tem mostrado eficácia contra sintomas de depressão e ansiedade;

- Estimula a capacidade interativa e de comunicação, melhorando a socialização e aspectos emocionais.

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O psicoterapeuta pode trabalhar essa técnica em sessões em grupo ou individualmente, das quais cada paciente irá participar e acompanhar ativamente cantando, dançando ou, simplesmente, apenas ouvindo, mas sempre acompanhado do profissional de saúde. 

"Por meio de sons, trabalhamos habilidades importantes, como os movimentos corporais, a memória e o raciocínio, além da percepção auditiva e espacial" , explica o Psicopedagogo Junior Cadima, do Instituto Brasileiro de Formação de Educadores (IBFE/SP).

Apesar de ainda haver muitos estudos para realmente entender as potencialidades da música em nossa saúde e maneira de viver, a Musicoterapia tem ganhado bastante espaço e se mostrado um recurso muito importante para o combate de doenças psicossomáticas, sendo assim, um grande avanço para a área da saúde.