O grupo Adidas AG anunciou que a empresa alemã aumentou sua previsão de vendas devido a uma recuperação no mercado chinês e com suas vendas online de acordo com o retorno dos eventos esportivos.
As vendas neutras em termos de câmbio deverão crescer em uma porcentagem na alta de U$ 150 (Aprox. R$
790,82) neste ano, limite superior a sua projeção anterior disse a empresa alemã. A empresa prevê um crescimento de receita no segundo trimestre de cerca de 50%. As ações subiram até 8,8%.
As condições devem aliviar a preocupação dos investidores desde que os consumidores chineses boicotaram a Adidas, assim como a Nike Inc. e outras marcas - ao se posicionarem contra o trabalho forçado na região de Xinjiang. A Adidas apoiou a Better Cotton Initiative em sua decisão de não mais certificar o algodão proveniente de Xinjiang.
As vendas da Adidas caíram "significativamente" na China tanto online quanto nas lojas a partir do final de Março, embora a demanda tenha aumentado "lentamente, mas de forma constante" nas últimas semanas, disse o CEO Kasper Rorsted. É muito cedo para dizer o quanto os boicotes afetarão os lucros do segundo trimestre, mas Rorsted espera um ano “muito forte” na China.
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“Na medida do possível, nos engajamos em um diálogo com os chineses de forma respeitosa, respeitando sua tradição e cultura... ... isso foi inicialmente um tanto difícil por causa da situação, mas está mais normalizando agora”.
A Adidas impressionou os investidores em Março com um plano de se concentrar em vendas online, produtos para mulheres e uso de materiais reciclados em calçados e roupas. Essas áreas parecem estar ganhando terreno, com aumento nas vendas do primeiro trimestre na China, Europa e América do Norte.
A empresa aproveitará esse impulso nos próximos meses, e lançará produtos que incluem uma versão do clássico tênis Stan Smith feito de um material mais sustentável à base de cogumelo. Ela também planeja capitalizar no retorno de grandes eventos esportivos, incluindo os campeonatos de futebol europeu, sul-americano e nas Olimpíadas de Tóquio, disse Rorsted.
O lucro operacional do primeiro trimestre atingiu € 704 milhões (Aprox. R$ 4.513,63 bi), superando as estimativas dos analistas.
A empresa também espera fechar a venda da Reebok até o final do ano, isso poderia definir uma métrica na indústria, já que a fabricante suíça de calçados esportivos On AG está se preparando para uma possível listagem que valorizaria o negócio em cerca de U$ 5 bilhões (Aprox. R$ 26.360,00 bi).