Funcionários da Gucci ameaçam greve por falta de pagamento

Funcionários da Gucci ameaçam greve por falta de pagamento

Um número de, aproximadamente, mil funcionários sindicalizados da Gucci ameaçaram entrar de greve por conta da falta de pagamento de um bônus prometido para o período de 2022 a 2024.

Mais de um ano depois, o valor ainda não foi pago pela Kering, conglomerado francês de luxo que também comanda marcas como Saint Laurent, Bottega Veneta e Balenciaga.

A disputa trabalhista envolve, principalmente, os setores de varejo e logística da casa de moda de luxo na Itália, representados por diferentes sindicatos. Os grupos afirmam que a Kering não cumpriu com os acordos previamente estabelecidos e reivindicam o pagamento do bônus de bem-estar social, uma espécie de incentivo que complementa os benefícios dos trabalhadores.

(Foto: John Keeble / Getty Images)

Nos últimos dias, a Kering registrou queda de 15% nas vendas do segundo trimestre de 2025, refletindo uma demanda fraca sobretudo da principal marca de luxo do grupo. As vendas da Gucci, que representam quase metade da receita total da empresa, caíram 25% no período, totalizando € 1,46 bilhão (aprox. R$ 9,19 bi).

O desempenho negativo afetou todas as regiões, com destaque para a Ásia-Pacífico e Japão, enquanto os mercados da China e dos Estados Unidos seguem pressionados.

Analistas apontam que o maior desafio da Kering será revitalizar a imagem e a atratividade de suas marcas, especialmente a Gucci, agora sob a direção artística do novo diretor Demna Gvasalia.