A On Running escolheu um caminho pouco convencional para o varejo de novembro e simplesmente não participa da Black Friday.
Enquanto praticamente todas as marcas mergulham nos "descontos agressivos", a marca suíça preferiu seguir seu próprio ritmo, sem reduzir preços, sem mudar o tom, sem se misturar ao ruído. Longe de ser uma decisão impulsiva, isso faz parte da lógica de reforçar que seu valor está na aspiração, não na promoção.
A On aposta na ideia de que “exclusividade não se liquida”, alinhando seu posicionamento ao de marcas que constroem desejo pela consistência, não pela urgência. E o mercado parece concordar.
(Foto: On)
Nos resultados mais recentes, a companhia viu o lucro multiplicar por quatro e a receita avançar 25%, alcançando aproximadamente R$ 5,3 milhões. O reflexo foi imediato: as ações dispararam cerca de 20% em um único pregão, impulsionando a revisão das metas para um faturamento de aproximadamente R$ 19,9 bilhões ainda este ano, enquanto concorrentes como Hoka e Nike enfrentam desaceleração.
A On segue na direção contrária, crescendo e consolidando sua narrativa de escassez e sofisticação, minimalista na estética, ousada no posicionamento. No fim das contas, a On não está apenas disputando espaço, está redesenhando o jogo do consumo esportivo premium e mostrando como se constrói uma marca desejada.