A Adidas anunciou, na última terça-feira (29/04), que as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levarão a aumentos nos preços de todos os seus produtos no mercado americano.
A gigante alemã afirmou que ainda não pode determinar o percentual exato de aumento, devido à incerteza sobre as taxas tarifárias, especialmente com fornecedores localizados na China, Vietnã e Camboja.
Apesar do impacto das tarifas, a marca registrou um salto de 155% no lucro líquido das operações contínuas no primeiro trimestre, atingindo € 436 milhões (aprox. R$ 2.7 bilhões), superando as expectativas de mercado.
Em comunicado, a Adidas destacou que as tarifas mais altas inevitavelmente aumentarão os custos de seus produtos no território americano.
Embora a empresa tenha reduzido ao mínimo as exportações de produtos fabricados na China para o mercado americano, ela enfrenta desafios significativos com tarifas de até 40% sobre produtos provenientes de países como Vietnã e Camboja.
(Foto: https://img.lalr.co/)
Relatórios da empresa também apontaram que a incerteza nas negociações comerciais entre os Estados Unidos e países exportadores impede decisões definitivas sobre preços e dificulta a previsão do impacto na demanda dos consumidores.
A empresa afirmou que, sem o impacto das tarifas, teria revisado para cima sua perspectiva anual de receitas e lucros operacionais, impulsionada por um forte volume de pedidos e uma percepção positiva da marca. No entanto, optou por manter sua previsão atual, citando o aumento da incerteza.
As vendas líquidas da Adidas cresceram 12,7% no primeiro trimestre, alcançando € 6,15 bilhões (aprox. R$ 39.3 bilhões), enquanto sua margem operacional subiu 3,8 pontos percentuais, para 9,9%.
A empresa também encerrou recentemente sua colaboração com o músico Kanye West, após polêmicas envolvendo comentários antissemitas, e anunciou a venda do estoque remanescente da linha Yeezy.
A Adidas também afirmou que atualmente não consegue produzir quase nenhum de seus produtos nos Estados Unidos, dependendo de fábricas em países asiáticos que estão sujeitos a tarifas elevadas.