O álbum de estreia autointitulado do Gorillaz completou 20 anos de seu lançamento na última sexta-feira, dia 26 de Março, e a banda virtual aproveitou para celebrar a data anunciando o lançamento de uma edição especial desse disco no formato NFT, em tokens não fungíveis, ou seja, objetos que não podem ser trocados por outros iguais. Mas acabou recebendo severas críticas de seus fãs.
O problema é que a tecnologia de blockchain, que está por trás das NFT's, pode ter um impacto muito negativo nas mudanças climáticas do planeta.
Uma matéria do início de Março da revista Wired mostrou que alguns artistas chegaram a cancelar leilões após saber a quantidade de energia que é despendida para garantir a legitimidade de um produto na rede.
(Foto: Gorillaz)
Segundo essa reportagem, um site que leva 10 segundos para emitir um NFT pode gastar cerca de 8,7 megawatts de energia, o que equivale ao que uma família "padrão" gasta durante um ano inteiro. Justamente por isso, é bem claro o efeito devastador que isso pode ter no meio ambiente se continuar se popularizando.
Como as NFT's, que podem representar uma nova fonte de renda para músicos, passaram a ser vistas como vilões no universo da sustentabilidade, a banda se deu mal. As críticas baseiam-se no fato de que uma banda que lançou um trabalho como "Plastic Beach" (2010), com temáticas de conservação do planeta, não pode se render a uma "tecnologia suja".
Uma petição criada por um fã do Gorillaz para que a banda cancele sua entrada no mercado de NFT's já esta rolando na plataforma Change.Org.