Marcelo D2 lançou nesta quarta-feira (14) o projeto “IBORU, que sejam ouvidas nossas súplicas”, movimento artístico que tem o álbum abrindo os caminhos.
“Uma nova estética musical, na qual a potência do rap é levada pela primeira vez para o terreiro sagrado do samba”.
(Foto: Rodrigo Ladeira)
D2 conta com a ajuda de alguns dos artistas fundamentais da MPB como Zeca Pagodinho, Xande de Pilares, Alcione, Mumuzinho, B. Negão, Mateus Aleluia e a banda Metá Metá. Além de incorporar samples de Romildo e Monarco, em homenagens póstumas aos compositores das escolas de samba do Rio de Janeiro, Mocidade Independente de Padre Miguel e Portela.
Com 16 faixas, as composições reforçam que não há revolução sem referências e parcerias. A lista de compositores reúne diferentes gerações do samba, como Moacyr Luz, Diogo Nogueira, Marcelinho Moreira, João Martins, Inácio Rios, Arlindinho e Marcio Alexandre, além de Zeca Pagodinho e Xande de Pilares. O trabalho conjunto com o historiador e escritor Luiz Antonio Simas, em duas músicas, evidencia a busca de D2 por aprofundar suas raízes na cultura popular brasileira.
O projeto é dividido em três atos e convida todos a mergulharem na “ancestralidade de futuro” – conceito que permeia o álbum e todo este momento criativo e de vida do artista. Já na primeira faixa “Saravá”, D2 mostra o seu “novo samba tradicional”. A segunda parte traz a ancestralidade, fonte da qual beberam rap e o samba, para a cena contemporânea. E por fim, “IBORU, que sejam ouvidas nossas súplicas” traz as preces para um futuro livre do sofrimento.
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