Travis Scott: sinônimo de valor e marketing para as marcas - THE GAME

Travis Scott: sinônimo de valor e marketing para as marcas

Travis Scott conseguiu tirar proveito por meio do marketing em 2020, e vai acabar o ano rico. De acordo com dados da Forbes, as collabs com marcas como NikeFortnite, McDonald’s e Sony (PlayStation) depositaram U$ 100 milhões nas contas do rapper durante todo o período. 

Com a Nike, estima-se que o negócio tenha da um lucro que gira em torno de U$ 10 mi/ano. O acordo também apresenta tipo de um valor agregado, aumentando exponencialmente o custo, e também mostrando o poder do marketing de Scott.

(Foto Reprodução)

Os tênis de Travis Scott rapidamente se tornaram "grails", itens indispensáveis (e caros) ​​para quem gosta de tênis. Na StockX, os modelos superam até mesmo Yeezys, embora em um volume muito menor. Um par da parceria Travis Scott-Nike é vendido regularmente por 400% do preço de retail, em comparação com a margem de lucro de 60% que Yeezys costumam atingir.

A ação com o McDonald's rendeu perto de U$ 5 milhões num primeiro momento. Só que, paralelamente à celebração do acordo, Travis lançou junto com a rede de fast food mercadorias que triplicaram seus ganhos, chegando a U$ 15 milhões.

(Foto Getty Images)

Já recentemente com a Sony, La Flame fez um contrato de U$ 1 milhão para apresentar o novo PlayStation 5. Mas, não é "apenas" isso. Até o fim da parceria, Scott vai receber cerca de U$ 20 milhões com o contrato, que pode incluir um console personalizado da Cactus Jack, além de um jogo elaborado pelo rapper.

O que é muito mais interessante, porém, é como "La Flame" ilumina o mundo dos negócios. Durante décadas, as celebridades traduziram seu renome em shows remunerados como figurantes corporativos. Então, durante grande parte deste século, a fama gerou oportunidades de empreendedorismo muito mais lucrativas do que os patrocínios típicos. Scott buscou, com sucesso, um modelo híbrido em que trabalha com e dentro de grandes marcas, mas de uma maneira em que ele diz a elas o que fazer ou dizer, e não o contrário.

"Esses caras estão nos permitindo realmente mergulhar e criar nosso próprio mundo", diz Travis Scott.

Na parceria com a Epic Games, dona do "Fortnite", o artista recebeu cerca de U$ 20 milhões, incluindo vendas de mercadorias, de acordo com uma fonte, muito mais do que seus shows normalmente arrecadam. Ele mostrou que uma performance virtual, antigamente descartada, pode ser tanto um ato artístico como um show ao vivo antiquado. Ele construiu um relacionamento mais próximo entre marca e celebridade. "O cenário está mudando", diz Phil Rampulla, chefe de marca da Epic. "Você tem que trazer algo que seja incrível. Caso contrário, é ‘isso é apenas um anúncio’. As propagandas comuns estão ficando em segundo plano".

(Foto Getty Images) 

Para Travis Scott, o próximo passo em direção à oportunidade significa mais propriedade. Ao todo, uma fonte da equipe de Scott afirma que o artista está a caminho de gerar bem mais que U$ 100 milhões em ganhos neste ano por meio de parcerias corporativas criativas, grande parte desse valor entregue por meio de mercadorias de marca. Isso o coloca no escalão superior dos garotos-propaganda, em termos de receita e impacto criativo. Sem propriedade, porém, ele não é rico, apenas muito bem pago. Afinal, ele viu de perto a mãe de sua filha vender 51% da Kylie Cosmetics para a Coty por U$ 1,2 bilhão.

"No momento...", diz Scott, mantendo as coisas intencionalmente vagas, "...estamos tão presos e tão ambiciosos com o próximo nível. Queremos apenas mostrar às pessoas o que podemos fazer", diz Travis sobre uma possível novidade, trazer de volta à misteriosa bebida Cacti com sabor de morango.

A nova empreitada deve investir na Hard seltzer, uma categoria popular no mercado de bebidas, principalmente entre os jovens que também gostam de Travis Scott e sua música, e vai na mesma linha que muitos dos gênios do hip-hop ficaram ricos com a bebida: Jay-Z fez isso com a D’ussé Cognac. Diddy com a vodca Cîroc.

Um porta-voz de Scott se recusa a dar detalhes sobre a AB InBev, mas todos os sinais parecem indicar uma parceria, o que seria uma evolução natural do modelo La Flame/consultor/porta-voz e rapper.