O discos de vinil foi o principal formato de mídia para se ouvir música durante décadas até ser severamente combatido pela onda do Sony Walkman e os chamados pré-gravados que passaram a reinar a partir de 1987. Foi nesse ano que um novo formato chamado compact disc eclipsou o vinil, não no número de unidades vendidas, mas no valor em dólar dessas vendas, porque os CDs custavam o dobro de um LP naquela época.
Com o reinado do CD, o vinil chegou perto de sua extinção até que em 1999 nasceu na internet o Napster, que resultaria dois anos mais tarde em algo que parecia difícil de acreditar, o declínio das vendas de CDs.
O futuro da música ainda era exclusivamente digital até 2008, quando o vinil começou a ser tratado como um produto diferenciado, voltado para quem realmente gostava de música. Mais de uma década de crescimento de dois dígitos se seguiu à medida que as novas gerações descobriram as vantagens e o fascínio de curtir música de alta fidelidade sonora através de um disco físico.
O vinil tornou-se tão popular que era apenas uma questão de tempo até que o cenário voltassem para onde estava em 1986. Isso acaba de ocorrer. De acordo com novo relatório da RIAA (Recording Industry Association of America), o valor em dólar das vendas de vinil nos Estados Unidos no primeiro semestre de 2020 está em torno de US $ 232 milhões (R$ 1.250,430 bi), enquanto o mercado de CDs vale cerca de US $ 130 milhões (R$ 700.640 mi).
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Deve-se notar que a diferença de preço entre os formatos também mudou. Um álbum de vinil é vendido por duas vezes (ou mais) o valor de um CD.
A Bloomberg aponta que mesmo com sua boa repercussão, o vinil e todas as mídias físicas são cada vez mais produtos de nicho. O streaming representou 85% da receita musical no primeiro semestre deste ano.
O vinil foi a maneira mais popular como as pessoas ouviram música durante os anos 1970 e os anos 1980, década em que ele começou a dar lugar a fitas K7, seguidas depois por CDs e formatos digitais. Cada novo formato era mais conveniente do que o último e suprimiu o interesse nos discos de vinil.
Os fãs de música valorizam o som com maior fidelidade produzido por tocadores de vinil (as conhecidas vitrolas) e seus discos, o que contrasta com os arquivos compactados oferecidos pela maioria dos serviços digitais. O LP mais vendido nos Estados Unidos no ano passado foi "Abbey Road", da banda The Beatles.