A Nike recebeu notícias mistas de analistas nesta terça-feira (22). A Stifel reiterou uma classificação de compra e preço-alvo de U$ 168 por ações, enquanto que o BTIG reduziu a meta de preço de U$ 168 para U$ 153, mantendo uma posição de Compra, informou a StreetInsider.
As ações foram pouco afetadas. A empresa divulga balanço na próxima quinta-feira e espera-se um lucro de 51 centavos por ação nas vendas de U$ 11,11 bilhões, de acordo com os dados compilados pela Investing.com.
Jim Duffy, analista da Stifel, reafirmou as estimativas de vendas e lucros acima das metas para o trimestre.
"O negócio demonstra potencial de um crescimento de vendas mais elevado e de expansão da margem bruta (de acordo com nossos modelos, 12% a/a e mais de 310 pontos-base a/a), embora nossa expectativa seja que a Nike apresente posições mais conservadoras no início do ano fiscal, estabelecendo uma cadência de aumento no ritmo à medida que o exercício 2022 se revela", escreveu Duffy em nota.
"As questões relacionadas à cadeia de suprimentos e a demanda no início do trimestre na Grande China representam dois riscos discretos, ambos os quais acreditamos serem considerações de curto prazo", salientou.
"Em última análise, vemos o posicionamento global da Nike e capacidade de obter melhores margens e resultados como uma base para que as ações continuem sendo um dos principais fatores de crescimento na manutenção das máximas no longo prazo", disse Duffy.
(Foto: Getty Images)
Camilo Lyon, do BTIG, citou a potencial interferência da preferência dos consumidores mais jovens por marcas nacionais como a Anta por outras marcas internacionais.
"No que diz respeito às nossas estimativas para o 4º trimestre, vemos a Nike apresentando um trimestre que corresponde às nossas estimativas de consenso de ~76% de crescimento nas vendas e de U$ 0,51 em LPA, pois acreditamos que o abrandamento dos dados de vendas diretas da China nos últimos dois meses do trimestre deverão aparecer em ordens de compra mais fracos em trimestres futuros", escreveu Lyon em nota.
"Embora acreditemos que a Nike pode, em última análise, demonstrar sua capacidade de marketing e inovação para superar estes obstáculos e se distanciar ainda mais da concorrência, podemos ver a volatilidade das vendas no curto prazo na Grande China", finalizou Lyon.