A EssilorLuxottica, gigante franco-italiana do setor de óculos, anunciou a aquisição da Supreme por U$ 1,5 bilhão (aprox. R$ 8,19 bi). Essa aquisição marca a primeira expansão significativa do grupo fora do mercado de óculos e lentes.
Fundada por James Jebbia em 1994, a cultuada marca de streetwear, objeto de desejo de 11 entre 10 jovens pelo mundo, que faziam longas filas em suas lojas em busca de qualquer peça com o logo vermelho estampado, já vinha dando sinais de estar perdendo seu brilho.
A razão para a queda não é clara e pode ser explicada por uma expectativa de crescimento exagerada para uma marca de nicho por parte do grupo ou até mesmo um certo cansaço de tantos lançamentos frequentes e queda no interesse do grande público pelas marcas de streetwear.
Segundo Francesco Milleri, presidente da EssilorLuxottica, a Supreme se alinha perfeitamente com a visão e estratégia do grupo.
(Francesco Milleri, PDG da EssilorLuxottica - Foto: EssilorLuxottica)
“Com sua identidade de marca única, abordagem comercial totalmente direta e experiência do cliente – um modelo que trabalharemos para preservar – a Supreme terá seu próprio espaço dentro de nosso portfólio de marcas próprias e também complementará nosso portfólio licenciado. Eles estarão bem posicionados para aproveitar a experiência, as capacidades e a plataforma operacional do nosso grupo”.
No último ano, a EssilorLuxottica lançou uma versão renovada de seus óculos com áudio e vídeo integrados em parceria com a Meta, e adquiriu uma startup israelense de tecnologia auditiva para desenvolver óculos com tecnologia acústica avançada.
A EssilorLuxottica também anunciou a aquisição de 80% da Heidelberg Engineering, empresa alemã especializada em soluções de diagnóstico e tecnologias cirúrgicas digitais para oftalmologia clínica.
Recentemente, a VF Corporation enfrentou pressão do investidor ativista Engaged Capital, que exigiu cortes de custos e a revisão de possíveis desinvestimentos. Em fevereiro, a VF anunciou a adição de um novo membro ao conselho após negociações com a Engaged Capital, com planos de nomear outro membro independente indicado pelo grupo de investimento.