A Supreme reportou queda em sua receita do ano fiscal encerrado em março de 2023. O total foi de U$ 523,1 milhões (aprox. R$ 2,545 bi), significando uma redução de U$ 38,4 mi (R$ 186,8 mi) em relação ao mesmo valor do ano anterior, de acordo com o relatório da VF Corp.
Os resultados ficaram abaixo da meta de U$ 600 milhões por uma margem significativa. Além disso, o lucro líquido da Supreme foi de U$ 64,8 mi, abaixo dos U$ 82,4 mi do ano passado.
A VF Corp adquiriu a Supreme em 2020 por U$ 2,1 bilhões (R$ 10,2 bi). A venda da marca levantou questionamentos sobre se a Supreme ainda seria capaz de manter seu lugar no streetwear. Em fevereiro do ano passado, a marca nomeou Tremaine Emory da Denim Tears, como diretor criativo, com o objetivo de reforçar as raízes por meio de uma visão progressista.
(Foto: Reddit)
Notavelmente, a marca Supreme utiliza um modelo de negócios diferente do restante das marcas adquiridas pela VF Corp, enfrentando riscos frequentes devido ao seu foco em drops momentâneos, semanais e limitados de produtos em seu canal direto ao consumidor.
De acordo com o relatório, “o fracasso da VF em fazer as adaptações necessárias em suas operações para lidar com essas diferentes características, complexidades e dinâmicas de mercado pode afetar adversamente a receita, a condição de negócios e os resultados das operações da VF”.
Embora a atual queda na receita da Supreme possa ser resultado de seu modelo de negócios exclusivo, ela também pode ser um indicativo do ciclo de rápida mudança no mundo da moda. Lembrando que, no ano passado, a Supreme perdeu seu título de marca mais negociada na StockX, ficando atrás da Fear of God, de acordo com a Business of Fashion .