Por Rodrigo Dhakor
A Nike teve na última quinta-feira 21 de fevereiro, uma desvalorização de US $ 1,1 bilhão em suas ações, em consequência do que está sendo chamado de uma das falhas de tênis mais caras da história. O valor da companhia caiu 1,7% e, além disso, a marca foi responsabilizada por toda a confusão assistida por milhares de telespectadores, envolvendo a contusão do astro do basquete universitário Zion Williamson.
Simplesmente na partida mais esperada da temporada da NCAA entre Duke e North Carolina, o novato e possível primeira escolha do próximo draft da NBA, em uma jogada normal teve seu tênis (um modelo Nike Paul Geroge 2.5) despedaçado no momento em que fazia uma movimentação comum de jogo.
(Foto NCAA)
Zion teve que abandonar a partida logo em seguida e ficará de fora dos próximos jogos de sua equipe por ter ganho de "presente" uma lesão no joelho. Apesar do susto, a lesão não é grave. Foi identificado uma torção de grau leve no joelho esquerdo do jogador.
Mas se a noite foi dura para Duke e para Zion Williamson, os dias não estão sendo dos melhores para a Nike. A marca de material esportivo frustrou a expectativa pela partida, que além de reunir dois dos maiores rivais do basquete universitário e a presença de Zion, teve a venda de ingressos com valores comparáveis aos do Super Bowl.
A Nike se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido: “Estamos obviamente preocupados e queremos desejar a Zion uma rápida recuperação. A qualidade e o desempenho de nossos produtos são de extrema importância. Embora seja uma ocorrência isolada, estamos trabalhando para identificar o problema.”
O acidente é "um grande fracasso da marca" por vários motivos, de acordo com o especialista em marcas Mario Natarelli, sócio-gerente da agência MBLM de Nova York. Além de ferir o jogador que muitos veem como o melhor jogador de basquete universitário do país, o incidente foi uma "falha muito visível na estrutura do calçado de uma empresa comprometida com o desempenho e a tecnologia de seus produtos", salientou Natarelli.
Além da desvalorização instantânea, a Nike ainda teve de aturar provocações dos concorrentes, como a Puma, que prontamente publicou nas redes sociais seu famoso bordão após o lance: “isso não aconteceria num Puma”.
(Foto @PumaHoops)
Vale ressaltar que atletas universitários não podem assinar contratos de patrocínio, ou seja, a Nike não tem qualquer vínculo contratual com o craque dos Blue Devils.
A Nike vai tentar alguma forma de reverter todo o caso e assegura que vai abrir uma investigação sobre o que considera ser "um acontecimento isolado" com um dos seus produtos.