Por Rodrigo Dhakor
O presidente americano, Donald Trump, colocou custos extras e tarifas, nos calçados e em outros produtos fabricados na China, e posteriormente vendidos nos Estados Unidos. Tarifas essas "introduzidas" por causa da guerra comercial em andamento entre EUA e China.
O caso já é "antigo", em maio, cerca de 173 empresas de calçados, incluindo Nike, Adidas e Converse, assinaram uma carta pedindo ao presidente que interrompesse as tarifas extras, pois elas tornariam os tênis muito caros. O governo norte americano passou de 10% para 25% a taxação de centenas de bens importados da China, somando mais de US$ 200 bilhões. Em retaliação, Pequim também cresceu para 25% as barreiras de produtos norte-americanos, totalizando US$ 60 bilhões. Trump voltou a mira aos rivais ao ameaçar subir a tarifa para 30%, aumentando para US$ 300 bilhões em importações.
(Foto Los Angeles Post)
Agora em agosto, o último número foi ultrapassado e parece que mais de 200 empresas de calçados se uniram para escrever uma carta ao presidente Trump pedindo pra que ele cancele seus planos de aumentar ainda mais as tarifas sobre as importações chinesas.
As empresas se juntaram como forma de argumento sobre o aumento das tarifas, que entrarão em vigor em 1º de setembro, prejudicando os custos de fabricação e os preços de varejo. Como a capacidade de produção de calçados é limitada em outros países, um resultado subsequente das tarifas aumentaria os custos de fabricação em praticamente qualquer outro lugar do mundo. Por sua vez, lojas como Foot Locker e Journeys precisariam aumentar os preços de varejo e abrir cortes no quadro de funcionários para poder preencher as prateleiras com mercadorias.
De acordo com uma estimativa dos Distribuidores e Varejistas de calçados da América (FDRA), o aumento proposto de 15% "custaria aos consumidores de calçados dos EUA um adicional de US $ 4 bilhões por ano". Devido a esse número, as marcas de calçados estão chamando os impostos e tarifas de abusivas e acreditando que eles realmente terão um enorme impacto sobre os consumidores, causando um ciclo significativo de perda de dinheiro para todos os envolvidos.
(Foto FDRA)
"A imposição das tarifas de setembro para a maioria de todos os produtos de calçados vindos da China - incluindo calçados de couro - tornará impossível a possibilidade de indivíduos, famílias e trabalhadores americanos escaparem ilesos de danos causados pelos aumentos dos impostos", afirma a carta.
"É de vital importância que o presidente saiba que seus novos impostos vão prejudicar funcionários e famílias que compram calçados", diz Matt Priest, presidente e CEO do FDRA."
Embora as tarifas estejam previstas para começar em 1º de setembro, a maioria dos produtos se mantém isenta de impostos até 15 de dezembro para evitar uma perda de receita durante o período de festas. A carta completa e a lista das empresas de calçados envolvidas pode ser visualizada aqui.