Comprar tênis falsos é um pesadelo, especialmente quando se tratam de exclusividades e pares caros. Um corretor de imóveis australiano gastou em torno de U$ 20.000 (aprox. R$ 98.262,32) em tênis falsos, sem saber, incluindo o cobiçado Dior x Air Jordan 1 e outros modelos.
De acordo com informações, o comprador, sem muito conhecimento, notou defeitos nos calçados (após a compra) e procurou conselhos em uma loja de tênis local na cidade de Melbourne. Para sua surpresa, um funcionário verificou e confirmou que todos os pares eram prováveis e belas falsificações. Logo, quando o comprador revelou o nome e os detalhes de quem foi o vendedor, surpreendentemente, o funcionário da loja disse que esse já era um conhecido do mercado local por vender réplicas.
O corretor de imóveis, que não quis ser identificado, comprou ao todo sete pares e pagou preços que variam de A$ 3.800 (aprox. R$ 12.567,52) a A$ 10.000 (R$ 33.067,71) em quatro pares do Dior x Nike Air Jordan 1, bem como A$ 2.690 (R$ 8.597,61) por três pares de Nike Air Jordan 1, sendo "Bred", "Chicago" e "Royal".
(O VCAT - Foto: JLL e Cushman e Wakefield)
Após a surpresa, o homem entrou em contato com o vendedor para solicitar a devolução e o reembolso – mas não obteve resposta e passou a entrar em contato com o pai do adolescente.
Recusando uma oferta de compensação de U$ 6.773 (R$ 33.244,59) do pai do vendedor, o comprador levou o caso ao Tribunal Civil e Administrativo de Victoria (VCAT). No entanto, o tribunal decidiu a favor do adolescente, declarando que ele era menor de idade durante a transação, isentando-o de responsabilidade nos termos da lei estadual da cidade de Victoria.
O pai do vendedor disse ao tribunal que só se envolveu na situação para “proteger a segurança da sua família” depois de seu filho ter sido perseguido em um centro comercial.
Em um relatório sobre o arquivamento do caso, Katherine Metcalf, membro do VCAT, observou que o resultado poderia ter sido diferente se o vendedor tivesse 18 anos na época das vendas e ainda reiterou que o envolvimento do pai não foi suficiente para sugerir ele como o responsável por arcar com as consequências, já que o negócio foi feito apenas entre o corretor de imóveis e o adolescente.