Quartz Eroded Vogue Magazine 101, a obra de R$ 837 mil de Daniel Arsham - THE GAME

Quartz Eroded Vogue Magazine 101, a obra de R$ 837 mil de Daniel Arsham

Por Rodrigo Dhakor

Com uma carreira notável ao longo de mais de uma década, o artista novaiorquino Daniel Arsham, estabeleceu um nome para si mesmo que excede qualquer nicho ou disciplina, tocando cada extremidade do espectro do mundo da arte. 

Por meio de um trabalho instigante e atraente, Arsham executa uma prática multidisciplinar existente entre arte, arquitetura e performance. Para descompactar o mundo em que vivemos por meio de uma variedade de mídias, o único ponto que une seu trabalho é o da inevitabilidade - ou seja, onde os objetos no presente refletem idéias do passado e estão destinados a serem transformados pelo futuro, além de também explorar dicotomias entre realidade e ficção.

Em junho passado, Arsham revelou em sua conta do Instagram uma série de esculturas retratando publicações de revistas com aspectos erodidas. Uma das peças em destaque apresentava a icônica revista Vogue em uma estética minimalista - feita de cristais de quartzo, selenito e hidrostona que parecem surgir de superfícies erodidas em um fundo fosco limpo. 

(Foto Phillips)

Renderizado em tons pálidos de azuis monocromáticos, a obra une o passado e o futuro, especulando o destino da humanidade por meio da exploração do espaço e da luz. 

Nesta obra, o artista também presta homenagem à morte do lendário arquiteto Ieoh Ming Pei, imortalizando seu nome em relevo na parte inferior esquerda da capa da revista, como parte de um objeto que transcende o tempo, assim como o nome de Lina Bo-Bardi.

 

(Fotos Phillips)

Medindo aproximadamente 121,9 cm x 92,7 cm x 5,7 cm (47 7/8 x 36 1/2 x 2 1/4 pol.), a obra de arte tridimensional foi vendida recentemente no leilão 20th Century & Contemporany Art & Design da Phillips em Hong Kong. A obra arrecadou e chegou a um preço final de HKD 2,3 milhões de Dólares de Hong Kong. (Aprox. US $ 200.000,00 ou R$ 837.960,00. Cotação em 05/12/2019).

Uma parte dos recursos provenientes da venda irá ser revertido para a Fundação HOCA, afim de apoiar as iniciativas futuras do instituto e também para ajudar a "fundação a democratizar a arte e enriquecer a vida cultural de Hong Kong".

Além das peças esculturais de Arsham, outros artistas também doaram obras para o leilão de benefícios, com o objetivo de ajudar a instituição. Entre os nomes estavam: Futura, José Parlá, Felipe Pantone, Cleon Peterson, VHILS, Shepard Fairey e Erik Parker.