A cerimônia de acendimento da tocha das Olimpíadas de Tóquio 2020 na antiga Olímpia foi a primeira em mais de 35 anos a ser realizada sem espectadores, depois que os organizadores introduziram medidas mais rígidas para proteger todos contra o coronavírus.
A tocha olímpica já está nas mãos dos japoneses. Na quinta-feira (19), a chama que é símbolo das Olimpíadas foi entregue pelos gregos ao Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio 2020. Por causa da pandemia, a cerimônia de passagem do fogo olímpico, porém, teve de ser realizada com portões fechados, sem a presença do público.
É a primeira vez desde as Olimpíadas de 1984 em Los Angeles que a cerimônia será realizada sem espectadores presentes nas encostas gramadas do antigo estádio do pequeno povoado do Peloponeso. A cerimônia - realizada para os Jogos de verão e inverno - geralmente atrai milhares de espectadores, incluindo gregos e estrangeiros.
"Esperamos que a chama olímpica, um símbolo de paz e solidariedade, vai extinguir o vírus e derrotá-lo. E então o Movimento Olímpico, unido e livre desse inimigo cruel, vai se reunir em Tóquio para celebrar o maior evento esportivo de todo mundo, que é a Olimpíada", disse Spyros Capralos, presidente do Comitê Olímpico da Grécia.
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O fogo dos Jogos iria circular pela Grécia por uma semana, mas o revezamento no país foi cancelado já na sexta-feira (20), quando centenas de pessoas se aglomeraram em Esparta para acompanhar a largada do revezamento, indo na contramão das orientações mundiais de combate ao coronavírus.
A chegada da chama no Japão foi na sexta-feira (20), mas o início do revezamento está programado para o dia 26 de Março. Serão 121 dias percorrendo 47 cidades até a cerimônia de abertura dos Jogos, no dia 24 de Julho.
Apesar da pandemia do novo coronavírus, o Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Japão ainda mantêm a programação normal da Olimpíada, que acontecerá entre 24 de Julho e 9 de Agosto. O COI vem recebendo muitas críticas por não adiar ou cancelar os Jogos, inclusive de atletas, que não podem treinar por causa do isolamento social imposto em muitos países. Ainda assim, o COI acredita que não é momento para "decisões drásticas".