Nesta terça-feira, a FIFA anunciou a abertura de um processo disciplinar contra Brasil e Argentina pela confusão ocorrida no último domingo, na Neo Química Arena. A entidade comunicou também que analisou os relatórios oficiais da partida e que solicitará mais informações às seleções.
O jogo, programado para acontecer no domingo (5), foi cancelado por determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) após quatro membros da seleção argentina descumprirem medidas sanitárias. Ainda que tenha sido iniciado, logo no início a partida foi interrompida por agentes do órgão e da Polícia Federal (PF).
"Eles descumpriram regra para entrada de viajantes em solo brasileiro, prevista na Portaria Interministerial nº 655, de 2021, a qual prevê que viajantes estrangeiros que tenham passagem, nos últimos 14 dias, pelo Reino Unido, África do Sul, Irlanda do Norte e Índia, estão impedidos de ingressar no Brasil", diz a nota da agência.
Entre os jogadores citados estão o goleiro Emiliano Martínez, os zagueiros Emiliano Buendia e Cristian Romero, e o volante Giovani Lo Celso. Eles teriam omitido que estiveram em outros países nos últimos dias, evitando, dessa forma, a quarentena obrigatória de 14 dias para viajantes ao Brasil.
O cancelamento foi confirmado posteriormente pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol). Ainda não foi decidido se um novo jogo deverá ser disputado entre as duas equipes.
(Foto: Getty Images)
"Após análise dos relatórios oficiais da partida entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, a Fifa pode confirmar que um processo disciplinar foi aberto envolvendo as duas agremiações-membro. As duas seleções foram solicitadas a fornecer mais informações sobre os fatos que levaram à suspensão da partida, que serão coletadas e, em seguida, analisadas exaustivamente pelo Comitê Disciplinar da Fifa. Atualizações seguirão no devido tempo", informou a Fifa.
A CBF esclareceu que os argentinos foram avisados das irregularidades em uma reunião no sábado, dia anterior à partida. Porém, o técnico da Argentina, Lionel Scaloni, disse em entrevista que em nenhum momento foram alertados.