A NBA presenciou um momento histórico na última temporada, durante a vitória do Los Angeles Lakers sobre o San Antonio Spurs por 121 a 107 no dia 30 de Dezembro. No final do segundo quarto da partida, o treinador do Spurs, Gregg Popovich, foi expulso e o time passou a ser comandado pela assistente técnica Becky Hammon. Assim, ela tornou-se a primeira mulher a comandar uma equipe na NBA.
Expulso no segundo quarto ao entrar em quadra gritando para reclamar do que acreditava ser uma falta não marcada, Popovich se virou para o banco, apontou para Becky Hammon e disse: "É com você".
"Não entrei na arena pensando que comandaria o time, mas é assim que as coisas são e você lida com isso. No geral eu teria amado uma vitória mais do que qualquer outra coisa. (...)Claro que é algo grande, um momento substancial. Mas tento não pensar na grandeza disso para que não seja algo opressor", disse.
(Foto Getty Images)
Hammon é pioneira desde 2014, quando se tornou a primeira mulher a integrar uma comissão técnica na liga americana de basquete. Na época em que foi anunciada ela ainda jogava pelo San Antonio Stars, da WNBA, e planejava se aposentar ao final da temporada.
"Sou parte dessa organização desde 2007, então desde os Stars são 13 anos. Investi muito tempo, e eles (a organização) também investiram em mim, na minha formação e em me tornar (uma profissional) melhor", finaliza.
É importante falar sobre a falta de diversidade de gênero e sexualidade na NBA. A quantidade de mulheres com posição em comissões técnicas se resume a dez: Lindsey Harding (Sacramento Kings), Lindsay Gottlieb (Cleveland Cavaliers), Kara Lawson (Boston Celtics), Niele Ivey (Memphis Grizzlies), Natalie Nakase (LA Clippers), Becky Hammon (San Antonio Spurs), Jenny Boucek (Dallas Mavericks), Kristi Toliver (Washington Wizards), Karen Stack-Umlauf (Chicago Bulls) e Brittni Donaldson (Toronto Raptors). Ou seja, menos de 10% de todas as comissões técnicas (os quatro principais treinadores que ficam no banco) da NBA é composta por mulheres.