Após diversas polêmicas relacionadas à preconceito, principalmente racismo, em torno das marcas high fashion - principalmente a Gucci, que foi acusada de blackface - a Chanel busca se “blindar” de um futuro caso.
De acordo com o Business of Fashion, a Chanel contratou Fiona Pargeter para liderar os esforços de diversidade da empresa. A mesma, foi anteriormente Chefe de Diversidade e Inclusão de um banco suíço.
A marca nunca teve um departamento destinado exclusivamente à tal tema, o que mostra que a empresa passou a se posicionar frente à isso. No entanto, não há como ter certeza se essa atitude deriva de uma real conscientização, ou é apenas mais uma maneira de conquistar o público e se proteger de futuras críticas.
Isso se deve ao fato de que diversas marcas de luxo, além da Gucci, enfrentaram críticas semelhantes. A Prada retirou chaveiros das lojas em dezembro de 2018, depois que os compradores notaram sua semelhança com as caricaturas de caras negras. No mesmo mês, a Dolce & Gabbana cancelou seu desfile de moda em Xangai após protestos sobre um comercial mostrando um modelo chinês comendo comida italiana com pauzinhos e o vazamento de comentários racistas feitos pelo co-fundador da marca, Stefano Gabbana.
Além de casos claramente ofensivos, até a Off-White ™, que tem um idealizador é negro, sofreu a crítica nas mídias sociais quando as imagens mostraram uma empresa composta quase que inteiramente de funcionários brancos.
Agora, o que nos resta é torcer e esperar que a atitude seja, de fato, verdadeira e traga mais representatividade nas passarelas, campanhas e no próprio escritório da marca, e que não seja apenas uma jogada de marketing para se sustentar nas redes sociais.