A Patagonia, marca de roupas focada nas atividades outdoor, anunciou que estará parando de anunciar no Facebook como parte do boicote #StopHateForProfit. A companhia prometeu apoiar a campanha da NCAACP, em tentativa de forçar a rede social a mudar sua forma de lidar com a discriminação e o discurso de ódio.
Segundo o diretor de marketing da Patagonia, Cory Bayers, a marca irá retirar todos os seus anúncios do Facebook e Instagram "pelo menos até o final de julho", até que haja ação significativa por parte da gigante das redes sociais.
"Por muito tempo, o Facebook não tomou medidas suficientes para impedir a disseminação de mentiras odiosas e propaganda perigosa em sua plataforma", tweetou a Patagonia. "Das eleições seguras à pandemia global e à justiça racial, os riscos são altos demais para que a empresa continue sendo cúmplice na disseminação da desinformação e no fomento ao medo e ao ódio".
Em seguida, a empresa afirmou que os lucros potenciais obtidos com a publicidade no Facebook "nunca valerão a pena promover ódio, fanatismo, racismo, anti-semitismo e violência." Além disso, eles querem ajudar "a garantir que os americanos tenham acesso livre e justo nas eleições deste outono" e que "não podemos esperar e contribuir com recursos para empresas que contribuem para o problema."
A Patagonia não foi a única marca a participar da mobilização #StopHateForProfit. Através de suas redes sociais, a The North Face e REI também anunciaram a retirada de anúncios do Facebook como parte da campanha de boicote à plataforma.
"Por 82 anos, colocamos as pessoas acima dos lucros. Estamos removendo toda a publicidade do Facebook / Instagram para o mês de julho."For 82 years, we have put people over profits. We're pulling all Facebook/Instagram advertising for the month of July. #StopHateForProfit
— REI (@REI) June 19, 2020
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Em resposta aos posicionamentos, o Facebook, que gerou $70 bilhões em receita de anúncios no ano passado, disse estar tentando trabalhar para combater estes problemas.
"Respeitamos profundamente a decisão de qualquer marca e continuamos focados no importante trabalho de remover o discurso de ódio e fornecer informações críticas sobre votação", disse Carolyn Everson, vice-presidenta de negócios globais do Facebook, em comunicado. "Nossas conversas com profissionais de marketing e organizações de direitos civis são sobre como, juntos, podemos ser uma força para o bem."
Leia abaixo todo o tópico do tweet da Patagonia sobre o assunto:
For too long, Facebook has failed to take sufficient steps to stop the spread of hateful lies and dangerous propaganda on its platform.
— Patagonia (@patagonia) June 21, 2020
"A Patagonia se orgulha de se juntar à campanha Stop Hate for Profit. Iremos retirar todos os anúncios no Facebook e Instagram, com efeito imediato, pelo menos até o final de julho, aguardando ação significativa da gigante das mídias sociais."
"Por muito tempo, o Facebook não tomou medidas suficientes para impedir a propagação de mentiras odiosas e propaganda perigosa em sua plataforma."
From secure elections to a global pandemic to racial justice, the stakes are too high to sit back and let the company continue to be complicit in spreading disinformation and fomenting fear and hatred.
— Patagonia (@patagonia) June 21, 2020
"Das eleições seguras à pandemia global e à justiça racial, os riscos são altos demais para que se assente e permita que a empresa continue sendo cúmplice na disseminação da desinformação e no fomento ao medo e ao ódio."
"Como as empresas de todo o país trabalham duro para garantir que os americanos tenham acesso a eleições livres e justas neste outono, não podemos apoiar e contribuir com recursos para empresas que contribuem para o problema."
We stand with #StopHateforProfit in saying Facebook’s ‘profits will never be worth promoting hate, bigotry, racism, antisemitism, and violence. - Cory Bayers, Head of Marketing, Patagonia
— Patagonia (@patagonia) June 21, 2020
"Apoiamos o #StopHateforProfit ao afirmar que os lucros do Facebook nunca valerão a pena promover ódio, intolerância, racismo, anti-semitismo e violência. - Cory Bayers, chefe de marketing da Patagonia"