Amazon, Apple, Google e Facebook participam de audiência antimonopólio

Amazon, Apple, Google e Facebook participam de audiência antimonopólio

Uma aguardada audiência dos principais executivos das quatro gigantes da tecnologia dos Estados Unidos, GoogleAppleFacebook e Amazon, com uma comissão do Congresso ocorreu na quarta-feira da semana passada (29), de acordo com a agenda do Comitê Judicial da Câmara de Representantes.

As quatro empresas, cujos altos executivos foram chamados a testemunhar em uma audiência antimonopólio no Congresso dos Estados Unidos, são alvos de reclamações sobre suas posições dominantes nos Estados Unidos e no mundo.

Estiveram por lá: Sundar Pichai (Alphabet, matriz da Google), Tim Cook (Apple), Mark Zuckerberg (Facebook) e Jeff Bezos (Amazon) concordaram em responder a perguntas do Comitê Judicial.

As gigantes da tecnologia são investigados por agentes antimonopólio do Departamento de Justiça, da Comissão Federal de Comércio e autoridades responsáveis em cada estado.

A Google, a maior empresa da corporação Alphabet, enfrentou investigações antimonopólio na Europa relacionadas a suas operações de compra e publicidade e também ao gerenciamento do Android, o sistema operacional móvel que domina o mercado global. 

As reclamações contra a Apple concentram-se em sua App Store, pela qual cobra 30% das taxas de assinatura pela maioria dos serviços prestados por desenvolvedores terceirizados.

Alguns desenvolvedores dizem que a Apple recebe uma parcela desproporcional da receita e mantém políticas rígidas que podem afetar os serviços que competem com os da fabricante do iPhone.

A gigante do streaming de música Spotify registrou uma queixa junto às autoridades da União Europeia, acusando a Apple de usar sua plataforma para promover injustamente seu próprio serviço, a Apple Music.

A Apple alega que sua App Store repassa bilhões para desenvolvedores independentes e que suas práticas são razoáveis quando comparadas a outros mercados digitais.

 

A Amazon é líder indiscutível no comércio online e representa cerca de 40% das vendas de comércio eletrônico nos Estados Unidos, segundo a empresa de pesquisa eMarketer.

Além da influência da Amazon, é provável que seu relacionamento com vendedores externos esteja na mira. Pelo menos um relatório sugere que a Amazon usou incorretamente dados de fornecedores para desenvolver seus próprios produtos e competir com essas empresas, uma acusação que a empresa nega.

Alguns de seus críticos afirmam que empresas como Amazon e Apple não deveriam possuir a "plataforma" e ao mesmo tempo concorrer com outras empresas que dependem delas para seus negócios. No entanto, qualquer restrição desse tipo exigiria legislação.

A Amazon também é fornecedora líder de computação em nuvem, um mercado em que compete com Google, Microsoft e outros. Seus serviços na web têm sido um importante fator de receita e lucro, mesmo durante os períodos em que suas vendas on-line geram pouco.

O Facebook é a rede social líder, com quase três bilhões de pessoas em todo o mundo usando sua plataforma central, juntamente com o Instagram e os serviços WhatsApp e Messenger.

Embora muitas queixas ao Facebook se concentrem em gestão de conteúdo, como desinformação política e discurso de ódio, alguns ativistas afirmam que a empresa liderada por Mark Zuckerberg reprimiu a concorrência comprando concorrentes menores e que isso poderia ser usado para motivar uma reação antimonopólio.

Uma revisão da Comissão Federal do Comércio sobre aquisições ocorridas em 2010 poderia "desfazer" alguns dos acordos alcançados pela empresa.  O foco das investigações estaduais e federais nos Estados Unidos permanece incerto.