Por Rodrigo Dhakor
Quando o Apple Card foi anunciado, seu grande diferencial se dava por conta de seu sistema de proteção e privacidade. Mas em pouco tempo, o cartão de crédito físico feito de titânio da Apple em parceria com o banco Goldman Sachs, teve a primeira fraude registrada.
O cartão para se apresentar seguro não possui números ou informações adicionais além do nome do usuário. Toda a transação é feita a partir da confirmação de números gerados aleatoriamente. Ainda assim, mesmo com a promessa da Apple em termos de segurança, o cartão é suscetível à clonagem como qualquer outro.
Recentemente um leitor do site 9to5Mac (canal de notícias, rumores, análises de produtos e aplicativos da Apple), identificado apenas como David, revelou que descobriu uma transação fraudulenta em seu Apple Card.
Após receber uma notificação de possível compra irregular em vários estados, ele acionou o serviço de suporte da Apple e explicou que não havia perdido seu cartão. E foi constatado também que o cartão foi utilizado a centenas de quilômetros de distância de onde ele se encontrava.
"Não sei como isso pôde acontecer. É muito raro um cartão estar em dois lugares ao mesmo tempo. Como nossos cartões físicos não têm número, é muito difícil alguém copiá-los. Após uma reunião, iniciaremos uma investigação, e, a partir daí, tentaremos descobrir como a cobrança foi feita", afirmou um representante da Apple, em resposta.
(Foto Apple)
Como qualquer outro sistema de segurança, o que foi criado para o Apple Card não 100% seguro. Embora ele realmente traga sistema que inibem fraudes por conta da ausência de números, o mesmo ainda possui uma tarja magnética com chip.
A Apple defendeu a segurança do seu cartão em um comunicado. "O Apple Card foi projetado para garantir que você seja o único que pode usá-lo. Todas as tecnologias avançadas de segurança do Apple Pay - Face ID, Touch ID, códigos de transação exclusivos - estão integradas. E o cartão físico não tem números. Nem na frente. Nem atrás. O que oferece um nível totalmente novo de segurança".
É bem provável que o cartão tenha sido clonado exatamente da mesma forma que outros por aí, a partir de alguma máquina com contato físico capaz de copiar esses dados em um posto de gasolina, por exemplo. Nesse caso, o pagamento via Apple Pay, que evita qualquer contato, seria mais indicado.
O Apple Card foi lançado em agosto nos Estados Unidos e não possui tarifas. Além de não ter cobrança de anuidade, o serviço integrado ao iPhone (iOS) oferece um programa de cashback diário (Daily Cash) que varia entre 1% e 3% para compras de produtos da empresa e em outras lojas, com ou sem o Apple Pay.
Disponível nas versões digital e física, o Apple Card ainda não possui previsão de lançamento no Brasil.