Muitos adoram o McFlurry do McDonald's, mas sempre existe uma luta para compra-lo pois a máquina que os fabrica quebra o tempo todo. O problema é tão frequente que existe até um sistema de monitoramento que rastreia quais máquinas estão quebradas em meio aos McDonald's espalhados pelos Estados Unidos.
Recentemente os problemas "melhoraram", em parte porque uma empresa chamada Kytch criou um dispositivo que ajuda os proprietários de franquias McDonald's a consertarem essas máquinas de sorvete e manter o fluxo continuo de McFlurries, mas uma briga judicial ainda acontece por trás da guloseima.
A Taylor, empresa responsável pela máquina de Mcflurry, tinha o monopólio dos reparos das máquinas de sorvete antes da Kytch e - de acordo com um processo movido pela Kytch - ela tentou manter esse monopólio dizendo aos franqueados do McDonald's que o uso dos dispositivos Kytch poderia causar problemas graves e ferimentos.
No último dia 30 de Julho, no entanto, a Kytch venceu uma importante ação contra a Taylor, quando um juiz da Califórnia emitiu uma ordem de restrição temporária a Taylor após a Kytch alegar que a Taylor adquiriu um dispositivo Kytch Solution Devices na tentativa de descobrir seus segredos.
De acordo com o pedido de medida de restrição temporária, a Kytch acredita que a Taylor conseguiu que um franqueado McDonald's e membro do National Supply Leadership Council - que testa novos produtos para o McDonald's, adquirisse um dispositivo Kytch para a empresa, podendo então explorar as informações e os segredos comerciais.
O documento do tribunal atesta que o COO da Taylor admitiu que obteve o dispositivo "no intuito de avaliar seus potenciais impactos relacionados à tecnologia da máquina Soft Serve e como a frequência do dispositivo da Kytch interferiria no nosso sinal de seu software, ou se o dispositivo da Kytch alteraria a fonte de energia do seu software e / ou causaria um mau funcionamento no seu sistema", mas negou que a Taylor tenha explorado o dispositivo em busca de segredos comerciais ou mesmo outras "informações precisas".
No centro de toda a história está uma longa "guerra"que explica por que muitas vezes você não consegue comprar um McFlurry quando quer. As máquinas de sorvete da Taylor são um verdadeiro pesadelo para consertar. Quando elas quebram, apenas um técnico de reparo certificado pela Taylor pode esfetuar o conserto, o que pode levar semanas para acontecer, deixando os McFlurrys "fora de circulação" no McDonald's.
(Foto: Getty Images)
Alguns funcionários aprenderam vários truques de manutenção que contornam até medidas sanitárias e de segurança das máquinas Taylor, e fazem o sorvete fluir, mas também podem deixar pessoas doentes.
Já o sistema da Kytch dá aos proprietários das franquias um melhor controle sobre suas máquinas de McFlurry. O dispositivo coleta dados e permite que os funcionários façam reparos simples, como substituir partes quebradas ou simplesmente limpar a máquina, sem a necessidade de chamar um técnico certificado pela Taylor.
Depois de obter um dispositivo da Kytch de uma franquia do McDonald's, a Taylor começou a trabalhar em sua própria versão de um sistema semelhante.
“Esses caras fizeram um trabalho realmente ineficaz, assustando clientes e investidores, então esperamos que o público nos apoie no caso em nome da justiça, do direito do reparar e na questão da humanidade”, disse Jeremy O'Sullivan, cofundador da Kytch.
A Taylor agora tem que devolver em 24 horas todos os dispositivos de solução da Kytch após uma ordem judicial. “Os réus não devem usar, copiar, divulgar ou disponibilizar de qualquer forma informações, incluindo fórmula, padrão, compilação, programa, dispositivo, método, técnica ou processo obtido por qualquer um deles”, disse o documento do tribunal.
“Estamos otimistas de que a verdade prevalecerá”, disse a co-fundadora da Kytch, Melissa Nelson.
“É nojento que tais medidas tenham sido tomadas para roubar nossos segredos comerciais, destruir nossos negócios e impedir a modernização da cozinha. A Kytch é apenas uma pequena fatia de um movimento mais amplo de direito ao reparo. Mas nosso caso deixa claro que já passou da hora de acabar com as práticas de monopólio duvidosos que geram centenas de milhões de dólares em taxas de reparo desnecessárias de técnicos 'certificados' ”, finalizou Nelson.
Taylor e McDonald's não responderam sobre o caso.